segunda-feira, janeiro 23, 2006

CAVACO! CAVACO! CAVACO!

É com grande felicidade, mas sobretudo esperança que sinto a vitória inequivoca do Prof. Anibal Cavaco Silva nestas eleições presidenciais. Felicidade pela mais elementar justiça de colocar na Presidência o melhor e mais bem preparado de todos os candidatos para ocupar o cargo. Esperança, pelo encerramento deste (demasiado) longo ciclo eleitoral que o país atravessou, e a necessidade, diria obrigatoriedade, de toda a população se concentrar agora em trabalhar e tentar produzir riqueza, com o impulso moral de ver uma figura associada a um período de crescimento económico em Belém.
Uma palavra para a clarissima derrota dos "politiqueiros da nossa praça" (ver post anterior sobre o Poder do Politiqueiro), aqui incluo Mário Soares, José Socrates, todo o aparelho socialista e "last but not least" Francisco Louçã. Soares porque revelou em suma que não tinha condições objectivas de mobilização (nem do próprio partido) social para se recandidatar. José Sócrates porque alimentou uma opção errada, que passou publicamente como uma aposta pessoal sua com alguma teimosia, face á mais que clara vontade de Manuel Alegre em candidatar-se. O aparelho socialista porque desertou Soares assim que começou a sentir a vontade popular de eleger á 1ª volta Cavaco, baixando os braços duma forma que só pode ser entendida como uma antecipação da derrota que viria a acontecer. Por último, Louçã (ou citando José de Pina "LouGANT") que sofre a sua mais pesada derrota até á data. Perde 1% de eleitorado o que para quem tem aprox. 5%, é assinalável. Mais, está longe de conseguir morder os calcanhares de Jerónimo Sousa (mais um grande resultado, a sua sinceridade e generosidade passam para o eleitorado comunista), o que assumido ou não, sempre foi um objectivo do BE. Talvez tenha chegado a altura de Francisco Louçã repensar o seu discurso marcado pela critica ao Governo (todos fazemos, não precisamos do esperto) e pontuado pelo mais absoluto populismo. Como ficou provado pela queda de Paulo Portas, o populismo até pode obter alguns dividendos eleitorais, mas só até as pessoas se aperceberem da verdadeira realidade e subtância subjacente a estes politicos de trazer-por-casa.

3 Comments:

Blogger Jazz Manel said...

Dos 6 candidatos optei por votar pelo menos mau para mim, o Manuel Alegre. Eu costumo votar no BE, mas decidi que não votaria Louçã porque este não é o campeonato dele, e como eu há muita gente a pensar assim...O BE está aí para continuar a morder os calcanhares ao poder instalado, aliás são as minorias que provocam as mudanças!...

5:14 da tarde  
Blogger Thor said...

Saúdo a tua opinião, no âmbito da importância da diversidade de ideias. Estou certo que o BE vai continuar a atacar os poderes instalados mas será importante mudar a forma como o faz, já que o populismo utilizado está a começar a dar demasiado nas vistas. Quanto ás minorias provocarem as mudanças, não me parecem ser essas mudanças que Portugal precisa neste preciso momento.
Fica bem.

8:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O que é triste é que mais uma vez tenhamos de aturar um tipo que já se viu que não tem ideias, não tem palavras, não tem estratégia política (que diz que vai fazer igual aos outros) e quando age só faz porcaria.
Parece que esquecemos os dez anos de desgoverno psd com ele como primeiro-ministro: a arrogância, os lobbies, o dinheiro atirado à rua (ou melhor, atirado às auto-estradas), as cargas de polícia, etc.
Nada a dizer quanto ao populismo de que falas. Embora não veja populismo no caso do Louçã. É como dizer que ele é arrogante. Porquê? Ele limita-se a dizer clara e veementemente aquilo que acha. Parece-me.
Bom, é o que eu acho.
Ainda bem que estás feliz. Talvez me devesse alegrar por ti e dormir descansado como o Alegre.
Abraços.
pm

11:09 da tarde  

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